quarta-feira, 4 de maio de 2011

Mudança de endereço

Se alguma viva alma ainda passa por aqui, é bom que saiba: estou em novo endereço. A partir de agora, você me encontra em http://marcovigario.com. Um abraço!

sábado, 22 de maio de 2010

O jornalista vai ao cinema

O amigo e professor Lisandro Nogueira me pede pra ajudar na divulgação da mostra Cinema e Jornalismo, que começa nesta terça, 25, e segue até 2 de junho, no Cine UFG.

Para ter acesso à programação completa, clique aqui.

Há grandes filmes na mostra, como Profissão: Repórter, do Antonioni. E outros nem tão bons, como Doces Poderes, da Lúcia Murat. Mesmo nesse caso, porém, a sessão pode se tornar um bom exercício de olhar crítico sobre a forma como o jornalista é retratado no cinema.

Esse tema — a imagem do jornalista e do jornalismo no cinema — já foi explorado pela professora Stella Senra em O Último Jornalista. Em sua tese de doutorado na PUC-SP, Lisandro também enveredou pela questão.

A iniciativa da mostra é parte da programação da Intercom Centro-Oeste 2010, que a Facomb-UFG sedia entre 27 e 29 de maio.

Se tiver um tempinho, estarei por lá.

Retomando

Para quem me cobrou escrever mais no blog, quero agradecer a lembrança e dizer que, aos poucos, estou retomando a atividade. Muitas mudanças aconteceram. Precisei dar um tempo pra pensar e voltar com nova carga. Quero escrever, de agora em diante, mais em tom de conversa com quem passa por aqui. A informação "objetiva" está nos jornais e nos sites. Aqui é lugar de reflexão pessoal.

Não vou me ater mais ao cinema também. O cinema vai continuar presente, mas vou abrir o leque de temas.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Notícia / Oportunidade para conhecer cinema português


O longa "Crônica dos Bons Malandros" (1984) e o curta "Tatana" (2005) abrem a II Mostra do Cinema Português na segunda, 30 de novembro. Até 17 de dezembro, mais oito filmes se revezam no Cine Goiânia Ouro, em três ou quatro sessões diárias ao custo de R$ 1.

O curador da mostra é o cinéfilo Rafael Parrode. "Enquanto a primeira edição da mostra [realizada em setembro e outubro] se preocupou mais em exibir filmes considerados de arte, de vanguarda, com cineastas prolíficos como Manoel de Oliveira, Pedro Costa e João César Monteiro, essa segunda edição traz filmes de apelo mais popular, ainda que sejam filmes que fujam bastante do que é produzido no gênero ao redor do mundo", explica.


Confira a programação completa:

Dia:
30 de novembro
Filmes: "Crônica dos Bons Malandros" (1984, 79min) / “Tatana” (2005, 15min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 1º de dezembro
Filme: "A Passagem da Noite" (2003, 95min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h

Dia: 2 de dezembro
Filme: "O Leão da Estrela" (1947, 113min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 3 de dezembro
Filme: "Coisa Ruim" (2006, 100min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h

Dia: 4 de dezembro
Filme: "O Bobo" (1987, 123m)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 5 de dezembro
Filme: "Filha da Mãe" (1990, 105min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h

Dia: 6 de dezembro
Filme: "The Lovebirds" (2007, 83min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 7 de dezembro
Filme: “O Delfim” (2000, 88min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 8 de dezembro
Filme: "Peixe-Lua" (2000, 119min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 9 de dezembro
Filmes: "Crônica dos Bons Malandros" (1984, 79min) / “Tatana” (2005, 15min)
Horários: 12h30, 15h, 18h, e 20h30

Dia: 10 de dezembro
Filme: "A Passagem da Noite" (2003, 95min)
Horários: 12h30, 15h e 18h

Dia: 11 de dezembro
Filme: "O Leão da Estrela" (1947, 113min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 12 de dezembro
Filme: "Coisa Ruim" (2006, 100min)
Horários: 12h30, 18h e 20h30

Dia: 13 de dezembro
Filme: "O Bobo" (1987, 123min)
Horários: 12h30, 15h 18h e 20h30

Dia: 14 de dezembro
Filme: "Filha da Mãe" (1990, 105min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 15 de dezembro
Filme: "The Lovebirds" (2007, 83min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 16 de dezembro
Filme: “O Delfim” (2000, 88min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

Dia: 17 de dezembro
Filme: "Peixe-Lua" (2000, 119min)
Horários: 12h30, 15h, 18h e 20h30

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

"Ressignificar": tema ousado, forma convencional


Vencedor do troféu José Petrillo para melhor produção goiana no XI Festival de Cinema e Vídeo Ambiental (Fica) e exibido na 9ª Goiânia Mostra Curtas, Ressignificar levanta uma discussão interessante sobre a possibilidade de se “reciclar” o cinema, dando novos sentidos a imagens já captadas e reduzindo, consequentemente, o impacto da atividade no meio ambiente.

Em cerca de 15 minutos, o documentário da realizadora Sara Vitória entrevista cineastas e outros profissionais ligados à produção audiovisual na região Centro-Oeste para mostrar que dá pra criar o novo a partir do velho. Nomes como Joel Pizzini, Lourival Belém Jr. e Cláudia Nunes dão seus depoimentos. Para reforçar o argumento, Sara lança mão de trechos de filmes exemplares nesse sentido: os curtas goianos Rapsódia do Absurdo e Concerto da Cidade são dois deles. Arrisca, ainda, interferências gráficas nas imagens: mudança de colorido para preto e branco, avanço ou retrocesso rápido etc, com o objetivo de ilustrar as falas.

Coerente? Sim. Mas óbvio? Com certeza. Apesar de denunciar a existência de uma mente inquieta na concepção do trabalho, o didatismo de Ressignificar atrapalha seu discurso em favor da exploração poética do cinema. Em resumo, a forma convencional não acompanha a ousadia temática do filme. Indica, isso sim, o potencial de uma realizadora que se dispõe a pensar o “fazer cinematográfico”. Não é pouca coisa.

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PS: Texto escrito para o seminário de Crítica de Cinema da 9ª Goiânia Mostra Curtas.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Dica de curta-metragem: "O Sanduíche"


Visto agora, nove anos depois de seu lançamento, O Sanduíche (2000) impressiona por seu vigor e criatividade. Ao lado de Ilha das Flores (1989), é o melhor registro da origem de um talento, o do diretor gaúcho Jorge Furtado, que se reafirmaria nos anos seguintes em trabalhos para a televisão (roteiros de minisséries como Caramuru – A Invenção do Brasil) e para o cinema (O Homem que Copiava, Meu Tio Matou um Cara e outros).

Multipremiado, O Sanduíche começa com a despedida melancólica de um casal. A câmera fixa, a iluminação intimista e o clima pesado compõem o quadro de um relação agonizante. Pouco tempo depois, uma deixa na fala da co-protagonista desencadeia um processo que põe em xeque a impressão de realidade — tão cara ao cinema clássico — e instaura no filme um novo estado de espírito. Em outro momento, a câmera se desloca voluntariamente e os planos se alternam com rapidez, criando a sensação de uma conversa dinâmica — uma relação nova e viva que se inicia.

Aqui, a forma (montagem, iluminação, etc) está a serviço do conteúdo (enredo) tanto quanto o conteúdo está a serviço da forma.

Como uma língua de sogra impulsionada pelo sopro do diretor, o filme se desenrola em outras camadas de linguagem e níveis de representação. Fim e início, realidade e ficção: o jogo de opostos conduz o espectador a uma reflexão sobre o universal do amor e o específico da arte. O sanduíche que dá título ao filme, item aparentemente despretensioso no enredo do curta, corre de mão em mão para mostrar que o sabor depende do paladar de quem saboreia, assim como o sentido de uma imagem depende do ponto de vista de quem vê.

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Para assistir ao filme, entre no site do Porta Curtas. Lá você encontra também o roteiro de O Sanduíche e informações sobre outros títulos.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Um olhar sobre o cinema português

De hoje, 28, até a próxima segunda, 5, fica em cartaz no Goiânia Ouro a mostra "Olhar sobre o Cinema Português". São oito filmes, um por dia, sempre em três horários: 12 horas, 15 horas e 20 horas (exceção para o dia 2, quando a última sessão começa às 19h30). Ingresso: R$ 1,00.

A curadoria é do cinéfilo Rafael Parrode, que garante: embora em DVD, as cópias estão com boa qualidade de projeção.

Programação

Dia 28/09 - Casa de Lava (Pedro Costa, 1994)
Dia 29/09 - Odete
(João Pedro Rodrigues, 2005)
Dia 30/09 -
Tráfico
(João Botelho, 1998)
Dia 1º/10 -
Uma Abelha na Chuva
(Fernando Lopes, 1971)
Dia 2/10 -
Vai e Vem
(João César Monteiro, 2003)
Dia 3/10 -
Branca de Neve
(João César Monteiro, 2000)
Dia 4/10 -
Ossos
(Pedro Costa, 1997)
Dia 5/10 -
Non ou A Vã Glória de Mandar (Manoel de Oliveira, 1990)